Preocupadas em manter a boa forma durante a gravidez, muitas gestantes apostam no consumo de produtos light e diet.
Mas será que está conduta é segura para o bebê?
Os produtos diet e light estão por toda parte, nas despensas, em lanchonetes, espalhados nas gôndolas dos supermercados ou reunidos em seções específicas desses estabelecimentos. Os produtos diet e light se multiplicam rapidamente e estão cada vez mais presentes na vida dos consumidores brasileiros. "Mas e as gestantes? Será que elas também podem consumir esses produtos sem nenhuma restrição"?
“Infelizmente a maioria dos estudos científicos é realizada com animais de laboratório, afinal, qual gestante seria cobaia de tais experimentos?”, afirma Gabriela Halpern, nutricionista especializada em gestantes. Em primeiro lugar, é importante definir o que é diet e light, já que frequentemente ocorrem equívocos quanto ao real significado desses termos.
O que é diet e o que é light?
Segundo a nutricionista, o alimento diet é aquele do qual é retirado completamente algum nutriente de sua formulação, não necessariamente o açúcar, como a maioria das pessoas pensam, apesar de ser o exemplo mais comum. E assim como diet não significa só sem açúcar, light não significa só sem gordura, podendo também ter redução de outros nutrientes no momento de sua formulação.
Os alimentos light sofrem uma redução de, no mínimo, 25% de algum nutriente em comparação com sua versão normal, seja açúcar, gordura, sódio, etc. Um exemplo de alimento light com redução de gordura, é o leite desnatado em relação ao leite integral, ambos são leite, porém a versão desnatada apresenta uma quantidade de gordura bem menor do que a integral.
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Só para desmistificar: no caso do chocolate diet, o açúcar é retirado, mas é introduzida uma grande quantidade de gordura, resultando num valor calórico igual ou maior ao do chocolate tradicional, sugerindo que estes alimentos não oferecem vantagens em termos de economia de calorias se utilizados por uma pessoa não diabética.
Já entre os alimentos light, pode-se citar o sal light, no qual há redução no teor de sódio (para pessoas hipertensas) sem interferir no valor calórico; no caso do leite ou iogurte desnatado, no qual é retirada parte ou grande parte da gordura, a redução calórica é significativa.
Diet e Light, pode ou não na gravidez?
“A maioria das gestantes apresenta uma grande preocupação com o ganho de peso na gestação, mas o uso de edulcorantes artificiais não deve ser feito indiscriminadamente”, alerta Gabriela. É mais importante pensar numa alimentação nutricionalmente balanceada e completa. Os adoçantes são realmente indicados para gestantes com diabetes gestacional, mas o ideal é que não sejam consumidos sem necessidade.
A gestação é um momento no qual devem ser desenvolvidos bons hábitos alimentares e o doce, em excesso, não é recomendado. Em vez do edulcorante, as gestantes saudáveis deveriam utilizar o açúcar da própria fruta, lembrando que o acompanhamento com nutricionista pode ajudar no controle do peso durante a gestação e no pós-parto.
De acordo com a nutricionista, as doses de consumo permitidas são expressas em mg/kg de peso corporal/dia, por isso cada indivíduo teria uma capacidade de consumo específica, dependendo de seu peso.