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Refluxo oculto, refluxo fisiológico ou gastro-esofágico?

Refluxo oculto, refluxo fisiológico ou gastro-esofágico?
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ago. 8 - 4 min de leitura
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O que é refluxo oculto e qual a diferença entre ele, o refluxo fisiológico e o gastro-esofágico?

Quando a palavra refluxo aparece nas conversas geralmente existe uma mãe em pânico. Não é para menos. O problema, além de chato, pode ser sério. E agora surgiu o termo refluxo oculto, que anda rondando as consultas pediátricas para deixar todo mundo mais confuso.

A verdade é que ele já existia claro, mas ninguém tinha dado um nome até então. Ele nada mais é do que o refluxo sem a tradicional golfada para fora. O líquido (na maioria das vezes o leite que o bebê ingeriu), não sai pela boca, chegando apenas até a garganta e voltando para o estômago. Como ele é praticamente invisível, seu diagnóstico é difícil.

Os tipos de refluxos

Para entender melhor, vamos entender como funciona cada tipo de refluxo. O mais comum é o refluxo fisiológico, que 50% dos bebês apresentam nos primeiros meses de vida. Ele não é considerado uma doença pelos médicos e ocorre por uma questão de desenvolvimento do aparelho gástrico que não está totalmente formado.

Todos nós temos um esfíncter, uma espécie de válvula entre o estômago e o esôfago, que se fecha com a passagem dos alimentos. No bebê, essa válvula ainda não funciona normalmente e por isso, o alimento ingerido (no caso o leite), acaba voltando pelo estômago até a garganta, saindo na maioria das vezes em forma de golfadas. Geralmente, exceto pela meleca, não há problemas nisso. Com o desenvolvimento normal da criança, após os seis meses o problema tende a desaparecer.

O problema começa quando esse regurgitamento ocorre em grandes quantidades e de forma frequente, tornando-se patológico. Quando o leite volta, ele traz junto uma quantidade de suco gástrico que é ácido. Se o refluxo ocorre sempre, o suco passa a queimar por todo o seu caminho, causando dor e desconforto para o bebê. Muitos chegam a recusar o leite, a ponto de interferir em seu peso. A passagem da substância também pode causar esofagite. Trata-se do refluxo gastro-esofágico.

O refluxo oculto

O refluxo oculto é quando essa volta ocorre em grandes quantidades, mas como não sai pela boca, os pais não o notam. Só sabem que há algo de errado pois devido a queimação, o bebê chora (e muito), jogando o corpinho para trás e recusando as mamadas. A dificuldade de diagnosticar o refluxo oculto é que muitas vezes, pais e médicos confundem com as tradicionais cólicas e só depois de um tempo de observação conseguem detectar a diferença. O sintoma que confirma o problema é o choro excessivo e a recusa de tomar o leite. Otites e sinusites, assim como chiados no peito, também podem ser um alerta para o refluxo oculto.

Até existem exames para diagnosticar o refluxo oculto: a Endoscopia e o EED (Esôfago Estômago Duodenograma). Mas ambos são invasivos e nada fáceis de serem realizados em bebês. Por isso geralmente o diagnóstico é feito pela narração dos pais, exames físicos e observação de mamadas pelo médico para avaliar o comportamento da criança.

Assim como para os dois tipos de refluxos mais conhecidos, o oculto pode ser evitado com posições de mamadas onde a cabeça da criança fica mais elevada. Também é aconselhado mantê-la ereta por uns quinze minutos depois da refeição. Outra dica é o uso de travesseiros anti-refluxos que mantém a parte superior do corpo elevado. Algumas vezes, dependendo dos sintomas da criança, o médico pode receitar medicamentos para diminuir o desconforto. Geralmente com um ano de idade, o problema tende a ser resolvido.

 

 


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