A pré-eclâmpsia, apesar de ser um problema muito comum, é também algo muito sério, que requer alguns cuidados. Os seus sintomas aparecem em geral após a 37ª semana de gravidez, mas nada impede que a mulher a tenha em qualquer outro momento de sua gestação, mais especificamente na segunda metade da gravidez e até mesmo durante e logo após o parto. Saiba mais sobre este problema e veja como preveni-lo e tratá-lo.
O que é pré-eclâmpsia?
Na segunda parte da gravidez pode ocorrer a pré-eclâmpsia, um problema que pode comprometer a saúde da mulher e as boas condições do parto. Pode ocorrer ainda antes das 20 semanas, mas neste caso é bem raro. Entre os sintomas mais conhecidos estão a pressão alta e o excesso de proteína diagnosticado na urina. O problema pode ainda aparecer durante o parto e após ele, em até 48 horas.
Os impactos do problema variam de mulher para mulher e podem comprometer diversos órgãos e até mesmo a placenta, dificultando o bem-estar e a saúde do bebê. Pode ocorrer de modo bem lento ou súbito, e neste caso o problema é ainda mais grave.
Como tratar e prevenir a pré-eclâmpsia?
Os exames pré-natais são muito importantes para detectar este e outros tipos de problemas e doenças. Desta forma, uma vez diagnosticada a pré-eclâmpsia, deve-se medir a pressão da mulher regularmente e fazer testes de urina para avaliar o nível de proteína. A saúde do bebê precisa ser amplamente analisada, uma vez que há uma grande incidência de prematuridade. Além disso, o parto prematuro pode ser uma saída em casos mais graves, mas isso deve ser analisado juntamente com o especialista.
Os testes hormonais também podem ser necessários havendo a suspeita ou a confirmação do problema, já que os hormônios pode agravar o quadro. A análise de diferentes órgãos vitais da mulher deve ser constantemente realizada. Em muitos casos, havendo riscos, a mulher pode ficar internada, recebendo o tratamento que controle a pressão e a saúde do bebê.
Além disso, é importante que toda grávida tenha uma alimentação saudável, com baixos níveis de sal e açúcar – no caso de pré-eclâmpsia, estes componentes podem até ser excluídos da dieta. Ter bons hábitos de saúde neste período – como dormir bem e não se estressar – é fundamental para a saúde da mãe e de seu bebê.
Se o médico perceber que há problemas no desenvolvimento do bebê ou qualquer alteração grave na gestação devido à pré-eclâmpsia, deve antecipar o parto, por cesariana ou de modo normal. Isso pode ser frustrante para muitas mães, mas é uma medida necessária para salvar a sua vida e a de seu bebê. Não há cura para o problema, a não ser o nascimento da criança, e mesmo assim, a paciente deve ficar em observação por 48 horas no mínimo após o parto.
A boa notícia é que após o parto a pressão da gestante deve se estabilizar e voltar ao normal. Os inchaços são comuns, mas devem desaparecer com o tempo.
Quem tem mais predisposição à pré-eclâmpsia?
Há alguns fatores conhecidos que ampliam a predisposição de pré-eclâmpsia. São eles:
- A probabilidade é maior na primeira gravidez ou quando há um espaço de pelo menos dez anos entre duas gestações.
Mulheres acima de 40 anos e abaixo de 20 anos são mais acometidas.
Gravidez de gêmeos ou mais filhos.
Doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, lúpus, etc.
Obesidade antes da gravidez, com um IMC de 30 ou mais.
Histórico de pré-eclâmpsia na família (especialmente mãe ou irmã).
Mulheres que já tiveram pré-eclâmpsia.
Ganho de peso considerável durante a gravidez.
Não há como evitar totalmente o risco de pré-eclâmpsia. O exame pré-natal é ainda a melhor forma de acompanhar a gravidez e a pressão arterial feminina. Não deixe de fazê-lo, pois o quanto antes for detectado o problema, melhor será de tratá-lo e conduzir uma gestação segura.