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Parto Humanizado

Parto Humanizado
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mai. 17 - 4 min de leitura
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Atualmente, fala-se muito sobre parto humanizado, alguns acreditam que se trata somente de ter um parto na água ou mesmo quando o bebê nasce em casa, mas é importante pensarmos um pouco sobre o conceito de humanização e sua relação com as diferentes formas de nascer para realmente entendermos, afinal o que é um parto humanizado?

O conceito de "humanização" é bastante complexo, porém pode ser entendido como um reconhecimento da natureza humana em sua essência, através da elaboração de acordos com base em diretrizes de uma conduta ética, ou seja, é a tentativa de eticamente retomar o olhar para o humano, reconhecer a natureza humana.

No que se refere às diferentes formas de nascer, podemos descrever as seguintes:

• Parto normal: refere-se ao parto vaginal, no qual a parturiente faz uso de anestesia ou analgesia para alívio da dor, hormônios sintéticos para acelerar ou mesmo desencadear o trabalho de parto, além de episiotomia, e/ou uso de fórceps e vácuo extrator.

• Parto natural: trata-se do parto vaginal, sem intervenções farmacológicas para o alívio da dor, ou métodos para induzir e/ou acelerar o parto e nascimento, assim, é a assistência sem qualquer interferência dos profissionais da saúde na natureza do nascimento. No parto natural, é possível lançar mão do auxílio de uma doula que se utiliza de técnicas não farmacológicas para o alívio da dor, como massagens e compressas.

• Cesárea: trata-se de uma cirurgia na qual o médico faz um corte no abdômen e outro no útero da mulher para extrair o bebê, portanto, é imprescindível que a mulher esteja anestesiada.

Esse procedimento é somente indicado quando não há possibilidade do bebê nascer por via vaginal, seja através de parto normal ou natural.

Além dos tipos de parto, devemos conhecer também os diferentes locais onde a mulher pode buscar assistência para ter seu filho, como:

• Hospitais: atualmente o local de assistência mais tradicional, no qual são realizados todos os tipos de partos descritos anteriormente;

• Casas de parto:  algumas cidades no Brasil hoje contam com a possibilidade de atendimento à parturiente em casas de parto, os centros de parto normal, nos quais gestantes de baixo risco são assistidas por enfermeiras obstétricas ou obstetrizes.

Caso seja necessária a intervenção de médicos ou anestesista, a gestante deve ser transferida para hospital.

As Casas de Parto foram criadas pelo Ministério da Saúde do Brasil a partir de 1998 e atualmente existem 14 desses centros distribuídos em diversas cidades brasileiras.

• Domicílio: o parto domiciliar pode ser uma opção para a gestante, desde que se trate de uma gestação de baixo risco e que o local de residência da mulher seja próximo ao hospital para o caso de necessidade de atendimento médico.

A assistência nesse caso também deve ser feita por profissionais de saúde habilitados para esse cuidado, ou seja, 2 enfermeiras obstétricas ou obstetrizes.

Agora, independente da escolha da mulher pela via de nascimento, sendo isso uma escolha consciente ou mesmo uma necessidade, em qualquer dos locais descritos acima, o parto pode ser humanizado, ou seja, o nascimento pode ser um evento no qual se leve em conta a natureza humana, no qual, eticamente essa mulher seja atendida em seus anseios e respeitada em suas escolhas.

Com base no que foi exposto, podemos concluir que a assistência humanizada ao parto deve se basear no protagonismo da mulher, ou seja, a mulher deve ser o sujeito, a principal responsável pelo nascimento do seu filho, apoiada e amparada por uma equipe qualificada e disponível para atendê-la em suas necessidades, capaz de orientar essa mulher de forma empática e intervir adequadamente em caso de real necessidade.

Além disso, o parto é considerado humanizado quando é assistido com o olhar da medicina baseada em evidências científicas, mas isso é assunto para outra conversa...

Psicóloga, especialista em Psicopatologia e Saúde Pública pela USP, e extensão em Psicologia Perinatal pelo Instituto Gerar.

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