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O que é espinha bífida?

O que é espinha bífida?
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ago. 28 - 4 min de leitura
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A espinha bífida é uma má formação congênita relativamente rara e que pode acometer os pequenos ainda durante a formação fetal. 

Trata-se do fechamento incompleto do tubo neural, que é o responsável pelo desenvolvimento do sistema nervoso da criança. Ou seja, algumas vértebras do tudo neural que deveria cobrir a medula espinhal não se formam. Isso faz com que o tecido nervoso “escape” pela abertura entre os ossos, deixando a medula sem proteção. 

Essa condição é grave, por deixar uma lesão exposta nas costas do bebê, comumente na região lombar. Essa má formação costuma ocorrer nas primeiras quatro semanas da gestação. 

Ainda não há causas comprovadas para a espinha bífida. Dependendo do tipo da má formação, ela poderá afetar a saúde da criança para toda a vida. Existe risco de outros problemas como paralisia dos membros inferiores, incontinência urinária ou fecal e perda de sensibilidade na pele. Por se tratar de uma lesão no sistema nervoso, ainda pode causar problemas na fala e na atenção. 

O que causa a espinha bífida? 

Infelizmente as causas desse problema ainda não foram completamente esclarecidas pela ciência. No entanto, existem hipóteses sobre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Confira os fatores que estão sendo estudados atualmente: 

  • Deficiência de ácido fólico na gravidez
  • Deficiência de zinco na gravidez
  • Ingestão de álcool durante o primeiro trimestre gestacional
  • Idade avançada dos pais
  • Fatores genéticos
  • Mães diabéticas
  • Mães que fazem uso de medicamentos para convulsão 

Por isso, os cuidados pré-natais são tão importantes, em especial a atenção na dieta. É recomendado, inclusive, o uso de comprimidos de ácido fólico desde o início da gravidez. Se você está se preparando para ser mãe, converse com o seu obstetra sobre esse medicamento. 

Quais são os sintomas?

espinha bífida pode vir acompanhada de outras doenças, como a hidrocefalia, a síndrome de Arnorld-Chiari e depressão. Além disso, conheça os sintomas causados pela má formação: 

Sintomas físicos 

  • Incontinência ou dificuldade de controle urinário
  • Infecções urinárias e função renal prejudicada
  • Fraqueza ou paralisia nas pernas
  • Tendinite
  • Obesidade
  • Problemas gastrointestinais
  • Problemas de pele
  • Movimento anormal dos olhos 

Sintomas mentais 

  • Dificuldade de fala
  • Problemas de memorização
  • Problemas de aprendizagem
  • Falta de atenção
  • Dificuldades no planejamento e execução de atividades 

Como é feito o diagnóstico? 

Já no primeiro trimestre de gravidez é possível detectar a espinha bífida, através de uma ecografia. O exame de amniocentese também é capaz de apontar a doença, medindo a quantidade de uma proteína específica no líquido amniótico. 

Após o nascimento, o pediatra pode observar a abertura da coluna para o exterior e a exposição de tecido nervoso no bebê

Tipos de espinha bífida 

Existem três maneiras diferentes que essa doença pode se manifestar. Veja quais são: 

  • Oculta

Ocorre quando o fechamento do tronco espinhal não se completa, mas a medula espinhal e os nervos não são comprometidos. No local da anormalidade, só pode ser notada uma depressão e presença de pelos. 

Esse tipo de espinha bífida não tem sintomas e não interfere na saúde da criança. A maioria das pessoas passará a vida inteira sem sequer descobrir que possuem essa má formação. 

  • Cística Meningocele 

Nesse tipo, o bebê apresenta saída apenas do revestimento da medula pela abertura formada pelo fechamento incompleto da coluna. Ou seja, a medula espinhal continua dentro das vértebras. 

Essa condição exige cuidados especiais, mas a criança pode passar a vida inteira sem nenhum sintoma ou comprometimento. 

  • Cística Mielomeningocele 

É o tipo mais grave dessa má formação. Nesse caso, há a saída da medula espinhal pela abertura da coluna vertebral. Sem a devida proteção, o bebê pode sofrer graves prejuízos no sistema nervoso. 

Os sintomas se manifestarão no decorrer da vida da criança. Infelizmente, nenhum dos tipos de espinha bífida tem cura. 

Tratamento para a espinha bífida 

Nos casos de espinha bífida cística, é necessário realizar uma cirurgia de emergência. Nos casos mais graves, onde o tecido neural não pode ser retornado para o interior da espinha, a criança será deixada de barriga para baixo para evitar mais danos. 

Será necessário realizar exames para detectar hidrocefalia. Posteriormente, a prática da fisioterapia constante também será essencial para ajudar a criança no desenvolvimento.

 

 

 

 


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