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Exames pré concepcionais

Exames pré concepcionais
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mar. 27 - 5 min de leitura
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Quem tem a oportunidade de planejar uma gravidez com antecedência ajuda seu bebê a nascer mais saudável, portanto procure seu GO (ginecologista obstetra) para realizar os exames pré concepcionais que são feitos antes de engravidar para descobrir condições que possam afetar a saúde da mãe e do bebê.

Exames pré-concepcionais indispensáveis;

Hemograma Completo: É feito para avaliar as condições gerais de saúde da futura mãe como, por exemplo, diagnosticar anemia, infecções, linfomas, quadros tóxicos e a necessidade do uso de vitaminas.

Tipo Sanguíneo e Fator RH: O RH é uma proteína que pode ou não estar presente no sangue. Se o sangue da mãe é RH negativo, existe a possibilidade do bebe ser RH positivo (caso o pai seja RH positivo) neste caso o contato com o sangue do bebê na hora do parto pode fazer com que a mãe desenvolva anticorpos (células de defesa) para o RH, o que pode prejudicar uma segunda gestação caso o bebê também seja RH positivo. A solução para este problema é fazer a vacina de imunoglobina anti-RH, capaz de reduzir este risco para próximo de zero.

Glicemia de Jejum: Identifica a presença do Diabetes Melittus ou aponta o risco de desenvolver a doença, mesmo que a futura mamãe não tenha nenhum sintoma. Este é um exame muito importante, pois o diabetes pode aumentar o risco de má formação no bebê e de aborto espontâneo.

Urina: Importante para detectar a presença de bactérias na urina e também para o diagnóstico de infecções urinárias, que quando não tratadas podem causar contrações uterinas e desencadear um parto prematuro.

Fezes: O objetivo deste exame é identificar a presença de parasitas e bactérias que podem causar a perda de ferro um mineral importante para a formação do bebê e a saúde da mãe.

Leia também: Teste de farmácia é seguro?

Exames Sorológicos;

Citomegalovírus: É um vírus cujos sintomas são variáveis, podendo até mesmo passar despercebido. Na fase mais avançada pode aparecer febre, dor de garganta, aumento dos gânglios do corpo, do baço e do fígado. Durante a gravidez a futura mamãe pode passar para o bebê e causar problemas como retardo mental, nascimento com baixo peso, icterícia e pneumonia, problemas de audição e visão. As mulheres que nunca tiveram contato com o vírus devem ter muito cuidado porque não existe vacina para evitar a contaminação e nenhum tratamento para cura.

Rubéola: É uma doença viral muito comum fora da gravidez e sem complicações, mas durante a gravidez pode ser muito perigosa podendo causar sérios problemas no futuro bebê como surdez, cegueira e outras má formações. Neste caso a vacina tríplice viral pode acabar com o problema para mulheres que não tem imunidade contra rubéola. O ideal é que se tome a vacina com no mínimo um mês antes de engravidar. São consideradas imunes às mulheres que já foram vacinadas ou tiveram a doença, neste caso não há riscos de transmissão.

Sífilis: É uma doença sexualmente transmissível, e com importantes repercussões na saúde da mãe e do bebê. É um tratamento simples a base de antibióticos e quando diagnosticada e tratada antes da gravidez, os riscos de transmissão são eliminados, a menos que a mulher seja infectada novamente. A mulher grávida com a doença ou contaminada durante a gravidez corre grande risco de abortamento espontâneo e óbito intra-uterino. A sífilis também pode causar má formações.

Toxoplasmose: É uma doença transmitida através do contato com as fezes de animais (principalmente gatos) ou pela ingestão de carne crua contaminada. Apesar de existir tratamento para diminuir esta chance a mulher contaminada durante a gravidez pode trazer sérias complicações para o futuro bebê. É uma doença detectada pelo exame de sangue, mulheres que tem os anticorpos no sangue estão imunes à doença, aquelas que não têm devem lavar bem as mãos, evitar mexer com terra e manipular fezes de animais. Além de ficar bem longe de sushis, sashimis, carpaccio, quibe cru e outras iguarias cruas.

HIV: Este é um exame muito importante, não somente no pré-concepcional como também durante o pré-natal, a mulher portadora do HIV (vírus da AIDS) pode transmitir o vírus para o bebê durante a gravidez, parto e amamentação. Quanto mais cedo se descobrir o problema maiores são as chances de um tratamento eficaz. É possível hoje, com os medicamentos utilizados para prevenir a transmissão vertical (da mãe para o bebê) reduzir as chances de contaminação para menos de 3%.

Hepatite B: Para saber se a futura mamãe é imune ou não a hepatite B, basta dosar os anticorpos no sangue, as mulheres que não tem anticorpos devem ser vacinadas preferencialmente antes da gravidez. Não existe registro de que o vírus da hepatite B cause má formação no bebê, mas ele pode ser transmitido na hora do parto. Caso isto aconteça, após o nascimento o bebê é vacinado e recebe a imunoglobulina da hepatite B que funciona como um antidoto contra o vírus.

Prontinho! Agora que você já quais os exames necessários e para que serve cada um, tome nota e agende seu médico.


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