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Crianças e Afeto

Crianças e Afeto
Luciane Santos
mar. 28 - 3 min de leitura
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Quando falamos em afeto logo pensamos em beijo, abraço, colo, cafuné. Sim estas são manifestações de afeto, mas não são as únicas e nem as mais importantes. No contexto em que vivemos hoje, os pais tem cada vez menos tempo para serem pais, isto pode fazer com que tentem compensar seus filhos com presentes, que evitem momentos de desprazer e que muitas vezes usem de elogios exagerados no intuído de uma valorização desconexa com a realidade.

As manifestações de afeto podem tomar várias formas, e uma das principais é no sentido de construir um ser autônomo e capaz de cuidar de si e de suas atribuições. Ensinar o filho a tomar banho, comer, escovar os dentes, arrumar a mochila, e dar recursos para que ele faça isto sozinho, de acordo com sua capacidade, é muito mais importante do que fazer “tudo” por ele. Os pais precisam validar a autonomia para que os filhos se sintam capazes e autorizados a crescer.

Outra forma fundamental de afeto é a clareza de limites, regras e rotinas. A criança fica muito menos ansiosa quando tem uma rotina bem estabelecida, quando sabe o que esperar durante o seu dia. Ter limites durante a infância vai transformar a criança em um adulto mais equilibrado e responsável, afinal quem não conhece limites pode colocar a própria vida em perigo, e os pais querem seus filhos em segurança.

Os filhos precisam sim de elogios e estímulo para terem confiança em si, porém estes elogios precisam corresponder a realidade, se a criança fez uma tarefa sem empenho e os pais percebem que o resultado poderia ter sido melhor, eles não tem o direito de mentir dizendo que ficou ótimo. A criança merece um feedback real sobre sua evolução.

Existe uma tendência comum entre os pais e cuidadores, é o sentimento de culpa, culpa por acreditarem que poderiam ter feito melhor, que todas as dificuldades que os filhos vão enfrentar na vida é sua responsabilidade. Pais que agem com amor e tendo em mente o crescimento e autonomia dos filhos, podem se isentar deste sentimento, afinal estarão criando seus filhos para que sejam agentes das suas vidas e autônomos nas suas atividades e decisões.

Não existe um manual de maternidade/paternidade, mas os pais podem ficar muito mais seguros se suas ações forem norteadas pelo afeto e pelo respeito á criança e a eles mesmos.

 

Luciane Santos

Pedagoga e Terapeuta


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