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Criança pode ter chulé?

Criança pode ter chulé?
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set. 26 - 5 min de leitura
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A resposta para essa pergunta é sim, pois o chulé pode acometer pessoas de todas as idades. Saiba como manter os pés de seu filho longe desse mau cheiro!

chulé é a denominação popular de bromidose plantar. Trata-se de um mau cheiro nos pés causado pelo suor excessivo nas plantas dos pés. O suor é secretado pelas glândulas sudoríparas e é composto por água, sais minerais e restos do metabolismo e das atividades celulares.

Desse modo, o chulé é formado a partir da ação de fungos e bactérias na queratina excretada pelo suor. Este suor em excesso pode ser causado pelo clima, pela realização de atividades físicas ou material do calçado usado, mas também pode estar associada a doenças como diabetes, hipertireoidismo, obesidade e hiperidrose, que é a produção anormal de suor pelas glândulas sudoríparas.

Vamos falar um pouquinho mais sobre hiperidrose...

O mau cheiro se agrava se não houver uma higiene adequada que favorece a proliferação de fungos e bactérias. Até bebês em fase de amamentação podem ter chulé.  Contudo, o mau cheiro é mais brando e leve.

Saiba como prevenir o chulé

chulé não deve ser tratado como brincadeira ou piada pelos pais. Pelo contrário, é um assunto sério que merece atenção. Por isso, saiba agora como prevenir e acabar com o chulé de seu filho:

  • Prefira meias de algodão a de material sintético, como poliéster e náilon, pois este tipo de material não absorve o suor;
  • As meias devem ser trocadas diariamente. Se a criança for passar o dia todo de sapato fechado, tente fazer a troca de meias duas vezes;
  • Lave bem os pés da criança com água e sabão. Se preciso, passe uma escova própria para essa área;
  • Após a lavagem, enxugue bem os pezinhos. Não se esquecendo de passar a toalha nas unhas e entre os dedos. A toalha usada para isso deve estar limpa e ser de uso individual. Uma dica para uma secagem eficaz, é usar o ar frio do secador de cabelo após passar a toalha. Isso também evitará o aparecimento de micoses e frieiras;
  • Depois de os sapatos serem usados, coloque-os em um ambiente ensolarado e com circulação de ar. Se for um tênis, tire a palmilha e exponha à parte. O calor seca o suor, o que diminui os micro-organismos;
  • É importante que a criança não repita o mesmo calçado por dias seguidos. Faça o rodízio entre pares, sempre colocando os pares para arejar entre o uso;
  • Se a criança tiver uma transpiração excessiva, utilize talco ou spray próprio para os pés. Por serem antibacterianos e antiperspirantes, estes produtos ajudam na absorção da umidade local;
  • Cuide para que todos os calçados usados pela criança (tênis, sapatos, alpargatas e chinelos) sejam usados exclusivamente por eles;
  • Evite que a criança use sapatos fechados por um longo período de tempo, pois isso faz com que o pé fique sem ventilação, o que facilita o aparecimento do chulé.
  • Em casa, sempre que possível, deixe a criança ficar com os pés livres (descalça) para que ela transpire à vontade;
  • Sapatos de borracha ou plásticos são os que mais favorecem a produção de suor e impedem a ventilação dos pés, concentrando a umidade e o calor. Por isso, devem ser evitados para quem tem tendência a chulé;
  • Se o sapato já estiver impregnado com o chulé, jogue fora, pois não adianta mais limpar;
  • Ensine ao seu filho a não andar descalço em locais de pisos úmidos, como banheiros, sauna e etc., pois estes lugares possuem uma alta proliferação de fungos e bactérias que pode causar micoses, frieiras e unheiros, pé de atleta e etc.;

Quando o chulé esconde uma causa que precisa de tratamento

Você deve estar atento se o chulé de seu filho está sendo causado pela hiperidrose palmo-plantar, que é uma transpiração anormal nas palmas das mãos ou pés, além do que é necessário para que o corpo regule sua temperatura.

O tratamento para a hiperidrose pode ser clínico ou cirúrgico.

O tratamento clínico é paliativo feito a partir do uso de medicamentos, uso de cremes e loções que reduzem a transpiração excessiva por cerca de seis horas ou pela injeção da toxina botulínica (botox), que bloqueia a transmissão nervosa das glândulas sudoríparas, mas é preciso cerca de 40 a 50 aplicações para conseguir o efeito indesejado. O efeito dura de quatro a cinco meses.

Entretanto, para casos mais graves de excesso de transpiração, o tratamento mais eficaz é o cirúrgico, que retira a glândula que está produzindo suor em excesso. O processo cirúrgico é feito a partir de videocirurgia, a partir de duas pequenas incisões no tórax e outra na axila. Os gânglios estão localizados seguindo as costelas do tórax.

Após a cirurgia, a sudorese é reduzida em 70%, o que permite a pessoa ter uma vida normal. Dos pacientes que fizeram a cirurgia, mais de 95% tiveram o alívio da transpiração excessiva.

Que médico é preciso procurar para tratar casos de hiperidrose?

Quando se opta pela cirurgia, deve-se procurar um médico com especialidade em cirurgia torácica.

Mas, se optar pela a aplicação do Botox, é preciso a indicação de um médico dermatologista ou cirurgião plástico.

 

 


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