Hoje decidi escrever para vocês sobre algumas dicas para lidar melhor com alguns desafios muito presentes na maternidade, afinal, ser mãe e se tornar pai é um grande sonho da maioria das mulheres e homens. No entanto, a maternidade e a paternidade são repletos de desafios diários, seja qual for a idade dos filhos. E como "filho não tem manual de instruções", muitas vezes as mães e os pais sentem-se perdidos nos conflitos do dia a dia. Então vamos lá!
Conversar, buscar informações e ser realistas!
Já perceberam que o tempo todo evitamos falar das dificuldades e dores da maternidade e da paternidade? Parece que é um sacrilégio e que determinados sentimentos e sensações são indignos de uma mãe ou um pai, como sentir-se cansada, querer um tempo pra si, até mesmo reclamar dos comportamentos dos pequenos, afinal vocês receberam a dádiva de dar a vida a um novo serzinho saudável e feliz! Pois é! Mas todos esses sentimentos fazem parte dos conflitos do dia a dia com os filhos. Por isso aceitem, conversem, demonstrem suas inseguranças, busquem informações (também não existe manual para se tornar pai ou mãe, mas existem muitas pesquisas estudos e conhecimentos a respeito da infância, então vale á pena se munir de informações e estudos para definir como funciona melhor em seu contexto familiar).
Aceitar ajuda
Desde os primeiros meses de vida do bebê, durante os quais os pais passam por muitas situações novas e um dos grandes desafios que é a privação do sono (aliás, vocês sabiam que isso era usado como método de tortura durante o período de Guerra?! Pois é! A provação do sono gera muito mais do que o cansaço físico e mental!), é importante aceitar ajuda de amigos, parentes e pessoas de confiança. Isso não os torna menos ou mais pais, melhores ou piores genitores! Criança em casa é cansativo física e emocionalmente e receber ajuda é muito positivo, tanto para os pais, quanto para os bebês e, certamente os amigos e parentes adoram curtir seu pequeno e essa nova e encantadora fase com vocês!
Evitar se comparar e comparar seus filhos com o dos outros
Toda família passa por conflitos com os limites, ansiedade, sexualidade, excessos, segurança, sono, alimentação, paciência (e a falta dela), etc. Mas lembre-se de que nem sempre aquilo que é bom para o outro, funciona para você, que nem tudo aquilo que o outro acredita é o que é verdadeiro e que o principal é fazer seu melhor, se respeitando como pessoa, como pai e mãe que nem sempre acertam, que têm seus momentos difíceis e nem por isso são melhores ou piores. É muito provável que tudo isso só se passe em sua cabeça. Busque sempre aquilo que está de acordo com suas crenças e rotina familiar. É bem provável que seus filhos sempre acharão vocês a melhor mãe e o melhor pai do mundo!
Viver uma fase de cada vez
Bem diz a expressão popular que “a maternidade é como um jogo de vídeo game: a cada fase que se passa, inicia-se uma mais difícil”. Não sei bem se mais difícil ou mais fácil, porém todas são certamente desafiadoras. Por isso, viva os prazeres e dificuldades de cada uma delas sem pensar tanto no que vem pela frente. Faça o seu melhor no momento, sem adiar ou tentar prever o futuro. Se você agir de acordo com cada fase, respeitando os limites e conquistas delas, é possível que a cada nova etapa você colha bons resultados com aquilo que plantou.
Ser uma mãe ou um pai possível
Claro que sempre queremos o melhor para os nossos filhos, mas é importante estar atentos para as realizações e conquistas pessoais. Muitos pais passam grande parte do tempo tentando encontra a perfeição (que, a propósito, não existe) como pai e mãe. E nessa busca, acabam perdendo momentos e experiências importantes com os pequenos! Respeitem-se como pais e mães e principalmente como pessoas. Os filhos querem pais felizes, realizados, dispostos, e não pais frustrados, que acabam tendo a maternidade/paternidade como algo limitador para si e que lhes causa frustração. Por isso, sejam pais possíveis, os melhores que conseguirem ser, mas cientes de que são seres humanos com limitações e habilidades que devem ser priorizadas, para o bem de cada um, da família e, principalmente, dos filhos!
Larissa Fonseca é Pedagoga graduada pela USP, Pós Graduada em Educação Infantil, Psicopedagogia e Neuro Pedagogia, Psicomotricista, especialista no Universo do Brincar pelo centro de estudos filosóficos Palas Athena, em Psicanálise e Educação pelo Instituto de Psicologia da USP e em Comportamento e Desenvolvimento Infantil, Escritora.
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