Hábitos Orais Deletérios
Atenção mamães e papais, se o seu pequeno chupa o dedo ou chupeta fiquem atentos aos danos que podem ser causados e aos cuidados a serem tomados!
São considerados hábitos, ações que são aprendidas e repetidas por diversas vezes, de forma inconsciente e que passam a ser incorporados como parte da personalidade da criança.
Podemos classificar esses hábitos em dois tipos:
- Não Compulsivos: Que são aqueles de fácil adoção e abandono de acordo com o comportamento e amadurecimento da criança.
- Compulsivos: Considerados inerentes à personalidade, onde a criança recorre a ele quando se sente insegura ou com medo.
No âmbito bucal, podemos citar como hábitos deletérios:
- Sucção digital, de polegar ou de outros dedos;
- Projeção da língua, quando a criança apóia a língua nos dentes;
- Sucção e mordida dos lábios;
- Deglutição atípica;
- Má postura: No sono ou em vigília;
- Onicofagia (Roer ou morder as unhas dos dedos das mãos ou pés durante períodos de nervosismo, ansiedade, estresse, fome ou tédio. Também pode ser um sinal de desordens mentais ou emocionais).
- Sucção de lápis, chupetas entre outros objetos;
- Disfunção funcional ontológica (disfunção do sistema mastigatório): Abrasão, bruxismo – diurno ou noturno;
- Deslocamento da mandíbula por contato prematuro, e
- Respirador bucal (a respiração é realizada pela boca).
Alguns desses hábitos devem ser corrigidos o quanto antes, dessa forma é possível evitar diferentes más oclusões dentárias. Podemos apontar para os seguintes hábitos a serem considerados e corrigidos: Sucção digital ou de chupeta, bruxismo, onicofagia, respirador bucal e interposição de lingual.
Vamos falar aqui dos hábitos mais comuns, o de “chupar” dedo ou chupeta, vale lembrar que nem sempre o hábito de sucção, seja ele de dedo ou chupeta, causa a má oclusão dentária. Para alguns autores, o que torna grave a má oclusão é o tripé - freqüência, intensidade e duração da pratica do hábito.
A sucção existe para fins alimentares, mas por diferentes razões, o aleitamento materno é substituído pelo uso da mamadeira, essa por sua vez permite a saciedade alimentar em apenas alguns minutos e o bebê não realiza a sucção ideal para ter a satisfação emocional adequada, o que o faz buscar essa satisfação na sucção do dedo ou da chupeta. Estudos mostram que crianças que recebem o aleitamento artificial mais cedo, tem mais facilidade de adquirir hábitos nocivos do que aquelas que recebem o aleitamento materno por mais tempo. As crianças passam a ter a necessidade de suprir os hábitos orais à sua necessidade neural inerente a essa etapa de vida e desenvolvimento de acordo com as possibilidades encontradas.
É importante ressaltar, que receber o aleitamento materno por mais tempo, promove melhor desenvolvimento orofacial, o que garante a satisfação e tão logo a substituição do padrão infantil de deglutição para o padrão maduro de deglutição, como é chamado.
As alterações são semelhantes, tanto para “chupar” o dedo ou a chupeta. O que aponta para a maior dificuldade é a questão da retirar o hábito de chupar o dedo comparado ao da chupeta.
O período ideal para a remoção desses hábitos é de 2 anos, porém pode-se considerar não prejudicial para a criança, que ela seja feita até 4 anos. Caso essa remoção ocorra durante a primeira dentição, entre 3 e 4 anos, a possibilidade de correção é maior e normalmente não causam danos, porém se acaso esse hábito se prolongue para além dos 4 anos, em especial na fase de erupção (“nascimento”) dos dentes incisivos a oclusão torna-se prejudicada.
De forma terapêutica, faz-se necessário a utilização de alguns dispositivos (aparelhos) para auxiliar o abandono do hábito, dentre os quais podemos citar a Grade Palatina, dispositivo ortodôntico que promove a desestimulação do hábito, dificultando a sucção e sua utilização deve ser de 6 meses, promovendo a extinção do costume.
Minha primeira formação foi na área da educação. Sou formada em Pedagogia habilitada em Orientação Educacional e atuei na área por 7 anos trabalhando com crianças de até 6 anos.
Hoje atuo como cirurgiã-dentista, na parte de clínica-geral com atendimento direcionado à odontopediatria e endodontia há 6 anos.
Trabalho com o lado humano das pessoas, não apenas no âmbito oral.
Orientações de higiene bucal e prevenção das doenças orais, diagnóstico, tratamento e acompanhamento.
Orientação aos pais quanto a higiene oral dos pequenos.
Tratamento clínico de adultos e crianças: Restaurações (cáries); Profilaxia (limpeza); Endodontia (tratamento de canal); Cirurgias (extrações) e Reabilitação Oral (próteses).
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