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Câncer infantil - os tipos mais comuns da doença em crianças

Câncer infantil - os tipos mais comuns da doença em crianças
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ago. 13 - 6 min de leitura
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Apesar do câncer infantil ser assustador, é bom saber que se trata de uma doença considerada rara: o total no mundo todo, no grupo de crianças de 0 a 15 anos, são de 3% de casos. Além disso, no Brasil, a taxa de cura do câncer infantil é de 70% dos casos, sendo ainda maior em alguns tipos da doença. Um diagnóstico feito precocemente e a procura de centros especializados para o tratamento aumentam bastante a chance de cura.

Por essa razão, é necessário sempre observar seu filho e estar em contato frequente com o pediatra. Muitos sintomas – manchas roxas no corpo, febre, dores no abdômen ou nos ossos - podem ser confundidos com outras doenças. Quando os sintomas e a possível doença não desaparecem, é bom ficar atento.

Os especialistas explicam que não há uma origem conhecida do câncer infantil. A suspeita é que ele seja causado por células embrionárias primitivas e imaturas, que sofrem alterações e fazem a doença evoluir de forma mais acelerada em crianças. O tratamento geralmente é feito com radioterapia, quimioterapia e cirurgia – pode haver uma combinação de dois tipos. Em crianças o mais comum é a quimioterapia pois o organismo infantil tem a capacidade de serem mais tolerantes a ela e responder melhor. 

Conheça os tipos de câncer mais comuns da doença em crianças:

  • Leucemia – é o tipo mais comum nas crianças. É causado por um excesso de células imaturas do sangue na medula óssea. Isso prejudica o desenvolvimento da criança e o funcionamento do seu organismo. Seus sintomas são cansaço excessivo, palidez progressiva e infecções de repetição. Manchas roxas pelo corpo e sangramentos no vômito e urina também podem aparecer. Para o diagnóstico é necessário fazer hemograma e um mielograma, que examinará a medula óssea. O tratamento é feito com quimioterapia e pode levar até dois anos, sendo mais intenso nos seis primeiros meses. Depois que acabar o tratamento, é necessário aguardar cinco anos para que o risco de uma volta da doença seja bem pequeno. A leucemia constitui 30% dos casos de câncer no Brasil e costuma aparecer em crianças de 2 a 5 anos. Sua taxa de cura é de 80%.
  • Tumores Cerebrais – Ele é causado por células alteradas que acabam por crescer no cérebro. Dependendo de onde estão alojadas, a doença pode apresentar sintomas diferentes como dores de cabeça, sonolência, apatia e até choro excessivo. Isso acaba sendo frequente na criança, que passa a ter queda no rendimento escolar, por exemplo. O diagnóstico é realizado com ressonância magnética e tomografia. Para tratar, pode-se recorrer a quimioterapia ou mesmo a cirurgia dependendo do caso. Os tumores cerebrais representam 15 a 20% dos casos de câncer infantil no Brasil. Não há dados sobre a taxa de cura pois ela varia muito dependendo na parte do cérebro afetada.
  • Neuroblastoma – Trata-se de um tumor maligno que evolui rapidamente no sistema nervoso simpático da criança, aquele que rege a energia que usamos em situações de estresse, por exemplo. Geralmente eles se formam na glândula suprarrenal ou nos gânglios simpáticos no abdômen, o que pode afetar os ossos, a medula óssea e o fígado. Seus sintomas são aumento do abdômen, perda de peso, febre, irritabilidade, dores ósseas e algumas vezes, a perda da capacidade de controlar a urina e as fezes. Para chegar ao diagnóstico é necessário fazer uma biópsia e o tratamento exige quimioterapia e cirurgia. Dependendo do caso, há necessidade também de um transplante de medula. O neuroblastoma representa 7% dos casos de câncer infantil no pais e aparece com mais frequência em crianças com menos de 5 anos. As taxas de cura são maiores do que 45%.
  • Tumor de Wilms – É um tumor renal maligno bastante comum em crianças e costuma afetar apenas um dos rins. Quase invisível, ele geralmente só é evidente por uma protuberância na barriga da criança. Por isso, qualquer aumento no abdômen deve ser avaliado rapidamente. O médico consegue o diagnóstico com uma biópsia e ultrassom. Ele é tratado geralmente com quimioterapia e algumas vezes exige a retirada do rim afetado. Ele representa 5% dos casos de câncer no Brasil e aparece principalmente em crianças com menos de 4 anos. Sua taxa de cura é alta, chegando a 95% dependendo do caso.
  • Tumores de partes moles – Esse é um câncer que aparece em tecidos que ficam entre a pele e os órgãos internos, como gorduras, tendões e músculos. Seus sintomas são o surgimento de uma massa estranha no local, vermelhidão e dores fortes. O diagnóstico é realizado com biópsia e vários exames. O tratamento mais comum é a quimioterapia e, algumas vezes, a cirurgia. Esse tipo de câncer representa 6% dos casos no país e sua taxa de cura é de aproximadamente 60%.
  • Osteossarcoma – Trata-se de um tumor ósseo maligno bastante comum nas crianças. Ele provoca inchaço, vermelhidão e aumento de temperatura. Pode ser confundido com dor de crescimento ou pancadas. Para diagnosticar é necessário fazer uma biópsia, ressonância magnética, tomografia e raio X. A quimioterapia e a cirurgia são os tratamentos mais comuns. Ele representa 5% dos casos de câncer no Brasil e sua taxa de cura pode chegar a 70%.

 

 


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