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As primeiras semanas do bebê: Como agir?

As primeiras semanas do bebê: Como agir?
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jul. 19 - 5 min de leitura
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As primeiras semanas do bebê são, muitas vezes, mais calmas do que a imaginação das mamães e papais previam. Porém, a urgência em gerar uma nova rotina para que as coisas comecem a funcionar logo, pode contribuir para que o stress tome conta desse momento de adaptação. Para que a chegada dessa nova rotina aconteça de forma tranquila, é importante a gente entender um pouco sobre o universo do bebê e da mãe nessas primeiras semanas.

O choro do bebê

Nos primeiros dias de vida o bebê, recém saído do conforto do ventre materno, terá que lidar com fatores que até então eram desconhecidos para ele, tais como: fome, luz direta, sons, alterações de temperatura, umidade e, até mesmo, o toque direto daqueles que estarão cuidando dele. Tudo isso ainda é estranho para o pequeno e faz com que o choro seja mais frequente, pois esta é a única ferramenta que ele tem para se expressar. Tenha em mente que o choro vai acontecer e isso não será, na grande maioria das vezes, um sinônimo de "problema" à vista.

O restabelecimento da mamãe

Falamos dos desconfortos do bebê nas primeiras semanas, mas as mamães também estarão em um momento especial, de recuperação, e precisarão se restabelecer física e emocionalmente do momento do parto. Por mais tranquilo que o parto tenha sido, existe um esforço e tensão gerado por esse momento tão aguardado. Por isso, se houver a possibilidade de ter alguém com você nas primeiras semanas, não pense duas vezes em aceitar essa ajuda. Abrir espaço para ser ajudada também é um importante aprendizado da maternidade. Você não será uma mãe melhor tentando dar conta de tudo sozinha. É importante abrir espaço para o papai sentir-se especial também, participando e ajudando.

Estabelecendo uma  nova rotina

Algumas mamães têm a sorte de ter bebês que dormem a noite por um período maior que 3 horas, mas isso não é a regra. Então, esse será um dos maiores aprendizados: dormir nos horários em que o bebê está dormindo, pois o ritual "dorme e acorda" acontecerá durante o dia e a noite. Todos os seus afazeres pessoais também se organizarão de acordo com esse "reloginho". Mais uma vez, a presença do pai é importante para dar suporte e ajudar no que for preciso.

Abrindo espaço para a participação do papai

A gente reclama, reclama, mas na hora de abrir espaço para os papais é uma dificuldade. Pense que você teve a chance de conviver por 9 meses com o bebê crescendo na sua barriga. Cada dia de gestação é uma oportunidade para entender a maternidade. O homem não passa por esse processo e, por mais que ele se envolva durante toda a gestação, o exercício da paternidade começa mesmo quando o bebê chega.

Abra espaço, veja onde o papai pode participar se perguntando: O que ele faz bem? Qual a característica pessoal dele que pode ajudar nesse momento? Com certeza existe algo que o papai poderá contribuir nessa nova rotina e ele irá curtir muito poder colaborar.

Reconheça o esforço e atuação do papai nessa nova rotina. Isso fará com que ele sinta-se incluído e valorizado.

Amamentação

Nas primeiras semanas o bebê ainda não tem uma rotina estabelecida. Ele vai chorar assim que sentir fome, em intervalos que vão variar entre 1 a 3 horas, nos primeiros dias. A amamentação vai acontecer de acordo com a demanda do bebê durante todo o dia.

A amamentação pode ser desconfortável no início, já que o mamilo é uma região sensível. Com o tempo, o bebê e você vão pegando o jeito e a hora da mamada vira um verdadeiro ritual de amor, conexão e intimidade entre mãe e bebê.

Se você continuar sentindo dor ou observar que tem pouco leite, converse com seu médico, sem culpa. Conheço mães incríveis que não tiveram leite para amamentar seus filhotes (incluindo a minha).

A OMS (Organização Mundial de Saúde) indica que até os 6 meses de idade é importante que a criança se alimente apenas de leite materno, sendo recomendado de 8 a 12 mamadas por dia.

Uma coisa é certa: a rotina da casa vai mudar, mas isso também não precisa ser um bicho de sete cabeças. Curta seu bebê e deixe a felicidade desse momento iluminar a sua vida.

Texto: Andreia S. Jenkins

Bio: Andreia S. Jenkins é educadora, formada em Literatura pela UFRJ e consultora sobre comportamento infantil e relação mãe-filho.


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