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A hora certa para o desmame

A hora certa para o desmame
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out. 8 - 4 min de leitura
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Desmame: o momento certo para desmamar o filho 

desmame pode gerar tantas dúvidas quanto a amamentação. Para começar, qual o momento certo para desmamar o filho? Quando mãe e filho estão preparados para isso? Os questionamentos vão desde o que dar para o filho no lugar do leite materno até se o vínculo com ele não irá se desfazer. Mas há respostas para tudo!

Em primeiro lugar, não há um momento certo e sim aquele de cada família. A recomendação do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Academia Americana de Pediatria é a mesma: a amamentação deve ser exclusiva até os 6 meses de vida e é recomendada até os 2 anos de idade ou mais. O estilo de cada deve ser levado em conta. Algumas vezes o bebê avisa, perdendo o interesse pelo peito da mãe. Outras é a mulher que precisa voltar a trabalhar. O importante é regular a necessidade de cada um e conversar com o pediatra para que o desmame não interfira no desenvolvimento desta família.

Como fazer o desmame

O desmame é feito de forma gradual, substituindo uma mamada por outro tipo de leite ou pela papinha dependendo da idade do bebê. Comece com uma mamada e observe a reação do seu filho. Conforme a aceitação vá substituindo outras mamadas. Para ele não estranhar tanto, você pode inclusive oferecer o leite materno (que irá recolher ordenhando seu peito manualmente ou com uma bombinha própria), na mamadeira ou no copinho. Se já estiver na fase de iniciar a alimentação sólida, a mamada pode ser substituída por sucos de frutas e depois papinhas. Com o estômago cheio o bebê passará a querer mamar menos até não querer mais. 

Quando começar o desmame, experimente primeiro oferecer o leite no copinho. Você pode aprender a técnica correta com o pediatra, os consultores de amamentação e os profissionais de bancos de leite. A mamadeira parece mais prática, mas, além de causar prejuízos, exige um segundo desmame. Uma boa ideia é usar um copo de transição, aqueles com bicos de silicone, para depois passar para o tradicional. Sabemos que pode dar mais trabalho, mas economizará a dependência emocional que a mamadeira causa.

O leite materno pode e deve continuar sendo oferecido se isso for possível para a mãe. Outra opção é usar fórmulas especiais em pó, que hoje em dia são semelhantes ao leite materno, enriquecidas com vitaminas e de fácil digestão para o organismo infantil. Jamais use leite de vaca. Ele é difícil de ser digerido pelo estômago infantil e corre grande risco de causar alergias.

Desmame sem desnutrição

Seguindo as orientações de que depois dos seis meses a criança necessita de alimentos sólidos e aumentando a ingestão e a variedade conforme ela cresce, não há o risco de desnutrição. O que não pode é, depois dos seis meses, continuar apenas com o leite, seja materno ou em pó. A partir dessa fase a criança precisa de nutrientes encontrados em outros alimentos para crescer normalmente. Por isso é importante acompanhar o desenvolvimento com um pediatra.

Para se ter uma ideia, um bebê, depois do desmame, deve ingerir cerca de 600 ml de leite por dia, o que dá mais ou menos três mamadeiras. Isso porque o leite é rico em cálcio, um dos minerais mais importantes nessa fase. O cálcio é responsável pelo crescimento e pela manutenção dos ossos e auxilia na formação dos dentes e do sistema nervoso. O leite ainda possui proteína, que auxilia na multiplicação das células, e vitamina A, que garante a imunidade. Quando o bebê parece não aceitar tanto o leite, ofereça seus derivados como iogurtes e queijos.

Não estranhe se seu bebê parecer mais irritado durante o desmame. Ele está passando por uma transformação e saindo de uma zona conhecida e confortável – o peito da mãe – e geralmente entrando para o mundo desconhecido e desafiante dos alimentos sólidos. E para ele, há um desligamento da mãe. Mas isso é natural, saudável e esperado.

 


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