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A escola ideal, será que existe?

A escola ideal, será que existe?
Dani Nalini
abr. 20 - 4 min de leitura
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Século XXI, o mundo está bombardeado de informações que chegam para nós através de todos os meios de comunicação, e o principal deles hoje é a internet. Não só nós adultos, mas as crianças estão cada vez mais conectadas e antenadas!

As crianças são mais inteligentes atualmente? Não, elas são estimuladas desde o nascimento. Hoje sabemos a capacidade delas e buscamos estimulá-las, o que não acontecia antigamente.

Agora elas nos dão aula, nos questionam, não aceitam qualquer resposta, querem sempre saber mais e explorar. São ágeis de raciocínio.

Vivemos num mundo competitivo. Aqueles que se destacam tiveram mais oportunidades ou fizeram, por si mesmos, suas próprias oportunidades. Isso nos faz refletir sobre o que estamos fazendo pelo futuro de nossos filhos e nos move a procurar, se temos condições para isso, escolas reconhecidamente fortes no ensino. Mas será que esse é o caminho? Será que existe uma escola ideal?

Os parâmetros comuns, entre os pais, para escolher a melhor escola são: aquelas que alfabetizam rapidamente, que ensinam desde cedo outro idioma, que tem como meta principal levar aquela criança a passar nas provas para as melhores universidades.

Neste sentido, eu caminhei no contra fluxo. Buscava nas escolas o conforto, o acolhimento, valores próximos aos que meus filhos viviam em casa. O aprendizado deveria acontecer de forma prazerosa e suave. Nunca quis que a escola fizesse o meu papel, a função da escola é ensinar. A educação começa em casa.

O mundo está passando por várias transformações, as crianças demonstrando claramente que possuem uma nova forma de aprender – mais visual, mais sensitiva e menos formal e linear – as escolas parece que deixaram de caminhar, se fixaram em formas já ultrapassadas.

Na educação infantil foi mais fácil encontrar o que sempre busquei (apesar de ter tido uma experiência ruim com meu filho mais velho). No ensino fundamental é muito difícil a escola ter um diferencial na forma de ensinar e avaliar.

Precisa fazer uma prova para “provar” o que aprendeu. Precisa fazer lição de casa, para "reforçar" o que aprendeu. Precisa ter um conteúdo amplo e puxado, para convencer os pais de que a escola é realmente boa!

Na minha opinião, a escola deveria garantir o aprendizado dentro do horário curricular e avaliar o aluno através da participação dele, dos trabalhos em sala, da interação com os demais. Avaliar a criança, respeitando sua individualidade. Claro que isso daria muito mais trabalho para as escolas, mas seria um trabalho rico para os professores. E muito mais interessante para as crianças e pais.

Não sou contra a lição de casa, mas contra o exagero. Precisa ser todo dia? Precisa ser durante a semana de prova?

Agora eu pergunto: Você adulto, quando chega em casa, após um dia exaustivo de trabalho, quer continuar trabalhando? Ou precisa de descanso?

A criança quando chega em casa, também quer descansar...e quer brincar! A missão da criança é brincar! Brincando ela aprende muito!

E pra finalizar meu desabafo, além de toda insatisfação com as escolas tradicionais, das quais não podemos ainda fugir por não encontrar opções mais adequadas, temos o alto custo do ensino. São 15 anos que a criança vive, entre educação infantil e ensino médio, há custos altíssimos, ensino forte e exaustivo, e mesmo assim, saem sem a formação necessária para enfrentar o que vem pela frente, por exemplo, na fluência de um segundo idioma. Temos que pagar cursos a parte, quando este deveria ser ensinado com eficácia e suavidade ao longo desses anos na escola.

 


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