Que tal proporcionar a seus filhos uma criação mais saudável, sem tanta pressão e com mais qualidade do tempo que passam juntos? É o que prega o slow parenting, um movimento cada vez mais comum nos Estados Unidos e na Europa e que agora começa a fazer parte da rotina das famílias brasileiras.
Vamos saber mais sobre os benefícios do slow parenting!
O que é o slow parenting?
Vivemos em uma época em que a rotina profissional absorve todas as demais nuances da vida dos pais e fica muitas vezes em primeiro lugar. O estresse cotidiano e o excesso de responsabilidades impactam no relacionamento pais e filhos, sendo que estes estão cada vez mais privados de bons momentos juntos devido à falta de tempo. Mas não precisa ser assim: se a pressa sair do foco da rotina familiar, é possível ter mais tempo com seus filhos e participar mais efetivamente do seu desenvolvimento.
Tudo é uma questão de prioridade e de reconhecer que o tempo perdido com o trabalho não volta mais, assim como o aproveitamento de todas as fases da criança. Considerando isso, surgiu um movimento de educação que privilegia o tempo de qualidade em que pais possam interagir e participar mais da vida das suas crianças. E para isso, basta mudar a rotina da família.
Slow parenting significa “pais sem pressa”, uma resposta à aceleração da vida e a limitação do contato com seus filhos. Se antes pais e filhos interagiam quando sobrasse tempo, depois de uma árdua rotina diária. A criação dos pequenos passou a ter mais valor e a qualidade de experiências vividas juntos é otimizada pela falta de pressão e pela não transferência das demandas cotidianas às crianças, como acaba acontecendo em muitas famílias.
Afinal, mesmo que os pais garantam as melhores escolas, toda a segurança possível e os melhores recursos para a sua sobrevivência e desenvolvimento, preparando-as para o futuro, isso não significa que as crianças estejam de fato bem amparadas ou se desenvolvam. O excesso de atividades acadêmicas – inglês, balé, natação, aulas particulares, etc. – também podem ser prejudiciais.
Revisitando a infância
Os primeiros anos da vida de seus filhos é um período marcado pelas descobertas, curiosidade, construção da personalidade e das crenças, observação dos exemplos, participação, novas interações e muitos outros eventos que não podem ser ignorados – seja pelos pais ou até mesmo pelas escolas.
Em muitos países, o tempo de permanência de crianças na escola é restrito, apenas alguns dias da semana as escolas estão disponíveis ou o expediente atende apenas meio período, sendo que os pais devem se organizar para dar a atenção necessárias às crianças. Isso vai ao encontro do movimento slow parenting e amplia a troca de experiências entre pais e filhos.
Mandamentos do slow parenting
O slow parenting hoje é um movimento mundial, que ganhou forma com a obra Sem Pressão, do jornalista britânico Carl Honoré, mas que já possui diversos estudos na comunidade acadêmica. Ele segue alguns mandamentos básicos. Confira:
- Menos televisão: A proposta é fazer atividades em espaços livres e estimular novas habilidades e a criatividade. A televisão fica em segundo plano.
- Escuta atenta: Saber escutar e aprender a falar de modo assertivo melhora o diálogo e a confiança.
- Novas amizades: É preciso privilegiar as amizades entre as crianças, para que ela possa ter experiências fora do círculo familiar.
- Menos atividades: Não é válido fazer com que as crianças cumpram uma agenda de atividades extracurriculares, refletindo a sobrecarga dos adultos. As atividades devem ser escolhidas pela qualidade e bem-estar e não pela quantidade.
- Brincadeiras em primeiro lugar: Crianças que brincam mais são mais alegres, bem dispostas, aprendem melhor, encontram diferentes soluções para seus problemas, são mais afetivas e sociáveis. A brincadeira deve ser vista como um momento de aprendizagem e descontração.
- Tédio criativo: O tédio pode ser uma oportunidade de relaxar e motivar a criatividade.
- Ócio familiar: A família toda precisa mudar sua rotina para slow. Marquem em suas agendas tempo para brincadeiras e atividades direcionadas.
E você, o que acha do slow parenting? Vamos por em prática?