Está tudo acontecendo na mais perfeita ordem, a sua gravidez está saudável e você nem sente os sintomas que incomodam a maioria das gestantes. Já iniciou seu pré-natal, primeiro exame, segundo, terceiro... De repente, alguma coisa de errado está acontecendo.
Fique atenta aos principais problemas que podem comprometer a gestação:
Hiperemese: caracteriza-se pelo vômito excessivo, que vai além do mal estar matinal (não confunda com a náusea comum da gravidez), pode causar desidratação e fraqueza. Esse problema pode ser amenizado no final da 12ª semana e na maioria das vezes, cessando no final da 16ª semana de gestação. A alimentação equilibrada ajuda a evitar a hiperemese, coma frutas e bebidas quentes, ajuste sua alimentação para que seja possível comer de duas em duas horas e evite molhos e condimentos, doces e café.
Hipertensão: a hipertensão especifica da gestação, inicia-se geralmente após a 20ª semana podendo retornar aos níveis normais até 12 semanas após o parto. Em alguns casos a mulher pode se tornar hipertensa depois do nascimento do bebê. Quando é diagnosticada a hipertensão crônica, o seu médico deverá verificar qual medicação especifica será utilizada para não causar danos ao bebê (algumas medicações podem causar malformações fetais). Não existem métodos eficazes de prevenção primária da doença, neste caso um pré-natal adequado e bem assistido pode evitar suas formas graves como a eclâmpsia, que é grande responsável pela mortalidade materna no Brasil. O uso de sal na alimentação da gestante deve ser bastante controlado, além disso, a gestante deve manter seu peso adequado. A hipertensão pode ocasionar ao feto um crescimento intrauterino restrito, causar o deslocamento da placenta, gerar repercussões renais e hepáticas na mulher, chegando a uma convulsão.
Diabetes: a hiperglicemia no início da gravidez oferece riscos de malformação fetal, abortamento e outras complicações, por isso é importante que tenham um acompanhamento de um médico endocrinologista e um nutricionista para adequar os níveis glicêmicos e evitar o ganho excessivo de peso. No segundo trimestre de gravidez, por volta da 24ª a 28ª semana, pode surgir à diabetes gestacional. Gestantes com parentes de primeiro grau que possuem diabetes tipo 2 (aparecimento tardio), obesas, com filhos com mais de quatro quilos em gestação anterior, constituem o grupo de risco desta intercorrência. A maioria das gestantes conseguem manter o controle glicêmico com dieta e em alguns casos é necessário iniciar o tratamento com insulina (quando apesar da dieta, após as refeições, o nível de glicemia mantem-se alto), neste caso o acompanhamento deve ser multidisciplinar: obstetra, endocrinologista e nutricionista.
Placenta prévia: a descoberta ocorre quando a gestante apresenta sangramento a partir da segunda metade da gravidez, confirmada pelo ultrassom por volta da 30ª semana. Tem como fatores predisponentes: número de gestações, cesárea, gravidez múltipla, tabagismo, curetagens uterinas. Caso não seja diagnosticada logo ou tratada tardiamente, a gestante poderá ter um sangramento abundante levando, muitas vezes, a nascimentos prematuros.
Edemas: o acúmulo anormal de líquidos no organismo da mulher provoca inchaços no corpo, principalmente nas pernas. Com o crescimento do bebê, o útero começa a comprimir os vasos da região pélvica (bacia), prejudicando o retorno do sangue para as pernas. Esse incômodo pode ser aliviado com pequenos cuidados durante o dia a dia. Fazer repouso com os membros inferiores elevados é um deles, além disto alongue-os de vez em quando. Reduza também o sal da alimentação, já que este é um grande aliado na retenção de líquidos no organismo. Fique atenta, se este inchaço estiver afetando as mãos, braços e rosto, se você estiver ganhando muito peso e começar a sentir formigamento nos braços e limitação dos movimentos dos dedos das mãos, procure imediatamente o seu médico.
Lembre-se, a gravidez é um momento especial e deve ser curtida junto com seu parceiro. Basta ficar atenta sempre para viver cada momento com boas notícias sempre!