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Pesadelo e Terror noturno: Como lidar com isso?

Pesadelo e Terror noturno: Como lidar com isso?
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dez. 4 - 5 min de leitura
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Você sabe o que é terror noturno?

Seu filho já apresentou sintomas de medo, insegurança e comportamentos estranhos para dormir? Pode ser algum distúrbio do sono. 

Pesadelo e terror noturno, como lidar com isto?

Para começar a nossa conversa, o terror noturno é uma atividade “anormal” do sono, que faz parte das manifestações noturnas e é conhecido por parassonia (ocorrências de movimentos e comportamentos incomuns e irregulares durante o sono), popularmente conhecido como sonambolismo.

As parassonias mais comuns são os chamados de ataques e incluem terror noturno, pesadelo, o próprio sonambulismo (falar e andar dormindo) e enurese (fazer xixi na cama).

Na fase da pré-escola, esse distúrbio acomete metade da população infantil, segundo estatísticas internacionais. Mas sabia que existe diferença entre pesadelo e terror noturno? Então vem! Vamos saber um pouco mais?

Terror noturno: o que é?

Trata-se de um distúrbio do sono caracterizado por episódios de pânico no decorrer da noite. A criança se comporta como se estivesse em perigo, gritando, com o coração acelerado e  se sente aterrorizadora. Quando isso ocorre, ela tem a sensação de ver ou sentir algo amedrontador.

No momento em que isso acontece, os pais se deparam com o filho sentado na cama, com os olhos abertos. E o que mais assusta é que a criança não reconhece ninguém e não para de chorar ou gritar. É uma cena  que preocupa os pais, assusta... mas, apesar de causar espanto, o terror noturno não representa risco para a saúde ou para o desenvolvimento da criança.

Apesar de sério, não necessariamente causa danos ao aprendizado ou ao desenvolvimento normal da criança. Em casos mais raros, acontece mais de um episódio noturno e, no período diurno, podem aparecer sintomas que afetam a criança psicológica e fisicamente, como sonolência, agitação, febre e alterações de humor. E também fica mais vulnerável a doenças.

Nesse caso, é preciso procurar ajuda de um psicólogo infantil. Existem crianças que têm dois ou três episódios por noite, o que causa muito desconforto para ela e para os pais. E, já que é considerado um distúrbio, necessita de tratamento adequado para amenizar o sofrimento da família.

Não existe uma idade padrão para que isso aconteça, mas já se sabe que é mais comum em crianças entre 2 e 5 anos de idade.

E o que vem a ser o pesadelo?

O pesadelo é mais comum e, na maioria das vezes, a criança nem acorda. É causado por preocupações do dia ou por períodos de angústia e estresse.  Os sonhos acontecem durante o chamado sono R.E.M. (rapid eye movement - movimento rápido dos olhos), que se dá no fim da madrugada. Já o terror noturno ocorre na primeira metade da noite, quando a pessoa ainda não atingiu o sono R.E.M.

Muitas crianças acordam depois de um pesadelo, percebem que acordaram, voltam a dormir e não necessitam de tratamentos específicos.

Quais as causas do terror noturno?

As causas desse distúrbio ainda não são totalmente comprovadas, mas é comum ocorrerem com crianças ansiosas, com algum quadro depressivo ou que estejam enfrentando algum problema de ordem familiar ou emocional. Além disso, existem alguns  estudos que apontam para uma imaturidade do sistema nervoso. Existem vários fatores emocionais que podem ter ligação com as crises de terror noturno.

O fator hereditário também não é comprovado, mas existem inúmeros relatos de pais que tenham apresentado o mesmo distúrbio do sono ou que sejam sonâmbulos também.

Quanto tempo dura?

Geralmente, os ataques noturnos duram apenas alguns minutos. Entretanto, algumas crianças costumam ficar assustadas por períodos maiores. As manifestações começam quando a criança ainda está dormindo: agitação excessiva, sudorese, gemidos e até mesmo gritos. Sendo assim, ela acorda de forma abrupta e continua com muito medo, apresenta sonambulismo e, em alguns casos, chega a agredir objetos e a si mesma.

Quais são os tratamentos adequados para o terror noturno?

  1. A primeira coisa a se fazer é minimizar o estresse e os fatores que predispõem a ocorrer esse distúrbio como, por exemplo, a falta de rotina do sono da criança: a irregularidade do tempo de ir para a cama e do tempo de acordar, o fato de comer alimentos condimentados ou gordurosos antes de ir para a cama.
  2. Se a criança estiver tomando algum medicamento que pode provocar o distúrbio, ele deve ser suspenso gradualmente.
  3. A psicoterapia a longo prazo também é indicada.
  4. Técnicas de hipnose e biofeedback também podem auxiliar na redução dos sintomas. Algumas drogas psicoativas, como os antidepressivos tricíclicos e benzodiazepinas (diazepam) podem ser usados para o controle do terror noturno, em curto prazo, sob orientações médicas, mas o seu resultado não é certo e deve ser evitado, se possível.
  5. Não acorde a criança, pois ela pode ficar ainda mais assustada.
  6. Trancar as janelas e não deixar objetos que possam machucar a criança também ajuda a prevenir acidentes caso a criança deixe o quarto durante os episódios de terror noturno.
  7. Pegue seu filho no colo, acalme-o e fale suavemente com ele, até que a sensação de terror diminua. 

 


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