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Como as crianças demonstram suas emoções?

Como as crianças demonstram suas emoções?
Grace Tomal
fev. 18 - 5 min de leitura
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A maior parte das vezes, no meio de uma situação difícil, nós adultos não conseguimos expressar as emoções com palavras, não é mesmo?

Você já parou para pensar o quanto isso é difícil para as crianças que, além de tudo, ainda estão em formação no campo das emoções? Elas ainda estão aprendendo tudo, estão conhecendo o mundo ao seu redor, recém perceberam que são indivíduos separados da mãe, então, como podem expressar suas emoções?

Neste artigo você vai entender um pouco mais sobre a forma de demonstrar as emoções das crianças, desde muito pequenas! Também vai conhecer a Psicomotricidade Relacional e seus benefícios para o aprendizado das crianças sobre demonstrar suas emoções.

Como as crianças pequenas se expressam?

Quem trabalha com crianças já viu várias dessas expressões, e as mamães então, todo dia é uma surpresa. Tem a criança que morde o coleguinha,  a que cospe, a que bate, a que empurra, a que puxa os cabelos das pessoas, a que chora muito, a que grita, a que se esconde, a que persegue um coleguinha o tempo todo, a que tem ataques de raiva. Acredite, muitas vezes elas estão tentando expressar algo que as incomoda, mas ainda não sabem como, outras vezes, estão tentando expressar afeto.

Compreenda que é um mundo novo com o qual elas estão aprendendo a se comunicar, as vezes, por exemplo, a mãe brinca em casa com o bebê de “vou te morder”, e de forma carinhosa dá aquelas mordidinhas no pezinho. O bebê associa a mordida à uma expressão de amor. Ao chegar na creche, adivinha o que vai fazer quando gostar muito de um coleguinha? Paciência, eles ainda estão aprendendo! Eles são como esponjinhas, absorvendo cada coisa, mesmo que ainda não saibam como usar o que aprenderam.

Uma expressão infalível das emoções

Como mencionado anteriormente, eles estão aprendendo tudo, mas tem algo especial que toda criança faz e que é a melhor expressão das suas emoções, você sabe o que é? Brincar! Você poderá perceber no brincar da criança muito sobre como ela se sente. A imaginação é um “lugar seguro” onde a criança expressa seus medos, seus desejos, sua agressividade e seu afeto. Segundo Winnicott, é somente no brincar que o indivíduo pode ser criativo e usar sua personalidade integral.

O Brincar Terapêutico no auxílio da expressão das emoções

Para ajudar as crianças na expressão de suas emoções, um grande aliado é o trabalho da Psicomotricidade Relacional, uma psicoterapia que através do brincar, decodifica os comportamentos das crianças, não trabalha com o inconsciente, mas com a demanda atual, compreendendo as significações simbólicas e quais necessidades elas expressam. No brincar livre em uma sessão em grupo com duração de 40 minutos à uma hora, a criança é observada pelo Psicomotricista relacional, não é feita nenhuma intervenção verbal, a brincadeira apenas acontece utilizando de um dos materiais lúdicos desta modalidade (bola, arco, bastão de isopor, tecido, corda, caixa de papel e jornal). As demandas são identificadas e a criança pode ou não falar a respeito de como se sentiu na roda de conversa no final da sessão. Tudo isso é conteúdo para a análise do profissional e assim podem ser determinados os próximos passos tanto para as sessões como também junto à família e a escola.

Como funciona a Psicomotricidade Relacional?

Existem algumas modalidades da Psicomotricidade Relacional como por exemplo a que acontece nas escolas que tem uma função pedagógica e a que acontece nas clínicas, que tem uma função terapêutica. Na escola ela acontece uma vez por semana ou quinzenalmente com cada turma. Na clínica, acontece em grupos menores de até 7 crianças, isso porque tem uma função terapêutica, e é necessário um número menor para melhor observação e desenvolvimento da terapia.

Cada profissional tem seu modo de trabalho, portanto não dá para descrever exatamente o funcionamento da sessão, mas o que posso contar, é do que eles brincam: As vezes são heróis, outras astronautas, as vezes são os três porquinhos, as vezes brincam de casinha, um dia estavam passeando de barco, outro dia derrotando um monstro, as vezes utilizam os tecidos e fazem cabanas ou balanços, outras vezes fazem um circuito com todos os materiais, também tem jogos e competições, tem festas e desfiles de moda, enfim… o limite do brincar é até onde a criatividade e o tempo de sessão permitirem! Vale conhecer mais sobre este trabalho e seus benefícios.

5 Resultados da psicomotricidade na vida das crianças

1- Aprendem a lidar com as frustrações

2- Aprendem a controlar a raiva

3- Aprendem a expressar a agressividade sem ferir a si mesmos ou aos outros

4- Crianças tímidas aprendem a se impor e a se defender

5- Aprendem a falar sobre como se sentem

 

 

 

 

 

 


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